Segundo o dicionário, relacionamento é o ato ou efeito de relacionar-se,
em maior ou menor grau. Conviver ou comunicar-se com os seus semelhantes;
ligação de amizade afetiva, profissional etc., condicionada por uma série de
atitudes recíprocas.
Todavia, quando iniciamos um relacionamento, tendemos a aprisionar o
outro nas nossas ideias e valores, e achamos que isso é extremamente
libertador. Será?
O amor se torna uma prisão quando é possessivo, dominador ou controlador,
quando não se pode ser naturalmente quem se é... O medo de perder o outro acaba
se tornando uma prisão psíquica, que nos faz esquecer que amor é doação,
entrega. Humanamente temos a tendência de aprisionar o amor, de possuí-lo e
limitá-lo, transformando-o em suprimento de nossas carências, em recompensa de
nossos esforços; tratamos o amor como um investimento que obrigatoriamente tem
que nos retornar o maior
lucro possível.
O amor liberta... desde que você não o aprisione! O amor e a liberdade
andam juntos. Afinal, quem consegue viver sem amor? Quem consegue viver sem
amar? E quem consegue viver sem ser livre?
Quando o amor aprisiona..............é a necessidade de cuidar quando o cuidado é
dispensado.
Quando o amor é dominador, controlador.........................................é
sentimento de posse.
Quando o amor é ciumento...................................................
se torna inseguro e imaturo.
Quando é egoísta e manipulador.............................................................
fica chantagista.
Quando se esquece de doar, de se entregar.........................................
é o cúmulo do egoísmo.
Amor é querer ver o outro bem, ficar feliz com suas conquistas, estar
junto quando possível, sentir saudades na distância. Qualquer outro significado
não é amor. Pois quem ama não fecha a gaiola, não coloca correntes, não dita
regras, não aniquila ou subjuga. Quem ama, ama pelo simples prazer da pessoa
existir. E, se resolve partir, deixa para nós o legado de sua existência de
pessoa especial que foi enquanto esteve presente.
De acordo com o psicólogo Miguel Lucas, é inevitável que os parceiros
vão ter na grande maioria das vezes opiniões diferentes. Mas o problema não é a existência de
conflitos entre os parceiros, o problema coloca-se na forma que lidam com as situações. Quando
os nossos egos se colocam no caminho, as nossas mentes tornam-se turvas
entrando-se num sem número de argumentos descabidos. Algumas pessoas usam esses
conflitos como uma oportunidade para obter respostas: “É o meu relacionamento
mais forte que o problema?” Usam as situações como uma forma de medir a
estabilidade da relação. Não percebendo que a própria questão contribui para o
conflito.
COMO LIBERTAR O SEU RELACIONAMENTO:
- CONSCIENCIALIZAÇÃO: trazer consciência à situação em questão. Torne-se observador dos seus pensamentos, emoções, necessidades e ego. Pergunte a si próprio:
- O que eu quero vem do meu coração ou do meu ego?
- Conseguir o que quero, permite-me ser uma pessoa melhor?
- Conseguir o que quero vai me trazer felicidade e realização?
- EXPRESSE NÃO SUPRIMA: fale livremente e abertamente. Sim, a verdade pode magoar, mas se você assumir a responsabilidade pelas suas palavras e falar de forma respeitosa para o outro, a sinceridade e honestidade expressa na sua mensagem irá sobressair.
- RECONHEÇA A CRIANÇA BIRRENTA: ao trazer consciência para a situação, irá ficar mais capacitado para reconhecer quando é que o seu parceiro se encontra no estado de criança com birra. Quando ele está nesse estado, será extremamente benéfico manter-se calmo. Não personalize aquilo que é dito pelo outro enquanto ele estiver naquele estado, ele não queria dizer aquilo e provavelmente mais tarde irá arrepender-se.
- PADRÃO DE INTERRUPÇÃO: quando fazemos algo repetidamente, isso se torna um hábito. Em vez de iniciar um conjunto de ações em que mais tarde se venha a arrepender, é importante trabalhar no sentido de arranjar qualquer coisa que interrompa definitivamente os comportamentos não desejados.
- OLHA-ME NOS OLHOS: se você verificar que o seu parceiro começou a ficar irracional ou a ficar chateado, peça-lhe para olhar nos seus olhos, mesmo que seja por breves momentos. Este pequeno exercício de direcionar a atenção para a presença dos dois, pode fazer com que se lembre de quem são, e o quanto gostam um do outro.
- RESPIRE: feche os seus olhos e concentre-se na sua respiração. Faça algumas respirações profundas e depois continue a respirar normalmente. Sinta a energia que recebe ao respirar. À medida que vai mudando o foco, conseguirá igualmente mudar seu estado mental e emocional.
- PERGUNTE A SI PRÓPRIO: "estou a argumentar com o objetivo de ganhar a discussão?" - se a resposta for sim, pergunte a si próprio em que é que a vitória desta discussão fará diferença na sua vida daqui a cinco anos, ou para a semana, ou então amanhã? Este exercício coloca a discussão em perspectiva e por vezes pode fazer cair por terra toda a sua postura colocada na situação.
- COLOQUE-SE NO LUGAR DO OUTRO: se imagine no lugar do outro. Tente sentir a dor que o outro está vivendo. Como é que ele se sente? O "eu" deixa momentaneamente de existir, e agora você é a outra pessoa. Viva as suas palavras e sentimentos como se fossem seus. Este simples exercício te ajudará a desenvolver a compaixão e a levar em consideração o ponto de vista do outro.
- REFRESQUE-SE: vá para uma divisão diferente da casa ou para um local que não seja tão comum à sua rotina. Procure clareza e entendimento sobre os seus sentimentos e aquilo que quer para si e para sua relação. Veja se existe alguma coisa diferente que possa fazer e acrescente valor ao seu relacionamento.
- OUÇA: ouça a outra pessoa, realmente. Dê-lhe o respeito que ela merece ter. Permite que o outro fale e exponha suas questões, opiniões, sentimentos ou ideias sem o julgar. Renda-se a esse momento de abertura e concentre-se nele. Ouça o outro como se estivesse ouvindo a si mesmo.
- DESCULPE E EXPLIQUE: peça desculpas e mostre que é isso que pretende, explicando o motivo pelo qual está a pedir desculpas. Não se intimide ou deixe que o seu orgulho intrometa. A vida encarrega-se de nos mostrar que é curta, por isso tente fazer as coisas corretas, ao invés das coisas corretas para o seu ego.
- RENUNCIE À DEFENSIVA: renuncie à necessidade de se colocar na defensiva quando existir uma discussão. Esteja atento quando o outro expressa os seus sentimentos. Não trate aquilo que o outro expressa usando a crítica; ouça com aceitação e com um desejo genuíno de amor ao outro. Esta não é uma luta pelo poder, é uma conversa.
- CONCENTRE-SE NO QUE O OUTRO FEZ DE BOM: quando estamos chateados com o nosso parceiro, tendemos a nos concentrar naquilo que ele fez de errado ou que não gostamos que faça ou diga. Lembre-se: aquilo no qual nos focamos expande-se. Concentre-se sempre no que o outro fez de correto, naquilo que gosta nele, nas características pelas quais se orgulhou e fez com que você se apaixonasse; e que consequentemente faz dele um ser único e extraordinário.
- PARE DE APONTAR O DEDO: colocar a culpa no outro mantém a luta viva. É uma progressão natural culpar os outros ou as situações pela nossa infelicidade e desconforto.
- GRATIDÃO: quando mudamos o nosso foco, mudamos também o nosso estado de ser, permitindo desta forma nos afastarmos de más sensações e estados incapacitantes. Podemos através desta capacidade extraordinária apreciar o que a vida tem de melhor.
- CONSTRUA UM FORTE SENSO DE VALOR: as inseguranças que se expressam nos relacionamentos são resultados das inseguranças que transportamos em nós próprios. Devemos nos propor ao exercício de gostarmos de nós antes de nos propormos a amar os outros. Dedique algum tempo a construir uma relação forte consigo mesmo, neste processo terá o oportunidade de se deparar com as suas inseguranças e lentamente desintegrá-las, aproximando-se de si apreciando-se pelo que é. Passe algum tempo de qualidade consigo próprio e encontre-se.
LEMBRE-SE:
NÃO EXISTE UM CAMINHO PARA A
FELICIDADE.
A FELICIDADE É O CAMINHO.
LIBERTE-SE!
AME!
SEJA REALMENTE FELIZ!!!!!!!!!!!!!!!