Muitas vezes,
em várias fases do nosso existir, acabamos por fazer esta pergunta: Qual o
sentido da vida? Afinal, com a morte sempre à espreita, pode alguém
simplesmente desaparecer deste mundo? A vida é só nascer, crescer, procriar ou não,
envelhecer e morrer? Qual o sentido para tudo isso? Por que existimos?
Realmente
o leque que se abre é imenso, onde nem sempre encontramos respostas, todavia,
há uma infinidade de caminhos a serem percorridos... É fato que, quando
realmente paramos para refletir o que estamos fazendo de nossas vidas, sempre
sentimos um certo vazio existencial. A única certeza de que temos é que a morte
é certa. A morte de cada um, a própria morte. Então, qual é o sentido em
continuar? Quando pensamos sobre a nossa própria vida, tendo em vista que a
morte é próxima, passamos a dar importância ao tempo, e com isso descobrimos
que não temos todo o tempo do mundo. O que nos leva a uma outra pergunta: O que
farei com o tempo que tenho disponível? E esta pergunta, juntamente com a resposta
encontrada individualmente, o guiará por toda a vida.
Para a
Biologia, o sentido da vida no estudo da vida (biologia) é a manutenção da
vida, a reprodução da espécie. Na visão existencialista, que é uma abordagem da
área da Psicologia, o sentido da vida não é algo pronto ou dado, mas algo
construído, escolhido ou encontrado. Somos responsáveis por todas as escolhas
que fizermos para darmos sentidos às nossas vidas.
Perceber
que a vida não tem sentido pode parecer inicialmente estranho, perturbador, mas
é ao mesmo tempo libertador, pois possibilita a cada um de nós sair da zona de
conforto e se tornar autor de sua própria história, ao invés de ser um “copiador”,
seguindo tradições impostas pela sociedade na qual estamos inseridos, sem
nenhum critério.
É o
sentido que damos a nossa vida que faz com que ela tenha um significado. As suas
escolhas, suas atitudes, suas palavras, seus pensamentos... entre tantas outras
formas de ser e existir. Todo esse conjunto, juntamente com as possibilidades
diárias enfrentadas, o farão experimentar diversas sensações sobre “estar vivo”
ou simplesmente “existir”. E devido ao intenso movimento entre acontecimentos e
sentimentos, já que nada é estático, tudo se transforma com o tempo, pois nós
nos transformamos o tempo todo. Ou seja, aquilo que inicialmente poderia tirar o
seu apetite, o seu sono, hoje já não tira mais, e vice versa.
Não há
como concluir na totalidade a questão sobre o sentido da vida, pois além de ser
uma experiência totalmente individual e intransferível, a vida muda constantemente
os caminhos, muitas vezes não fazendo sentido algum. E muitas vezes a vida não tem
sentido porque não se trata simplesmente de ir para outro lugar, de chegar até
uma meta, de concluir algo, rir e chorar, mas simplesmente de viver o momento.
“O sentido da vida difere de um homem para outro, de um dia para outro,
de uma hora a outra hora. Assim, o que importa não é o sentido da vida em
termos gerais, mas o significado concreto da vida de cada indivíduo num dado
momento.”
(Viktor Frankl)
O ser
humano não tem obrigação de definir o sentido da vida em termos universais. Cada
um de nós o fará à sua maneira, pois o sentido da vida difere de uma pessoa
para outra, através de experiências, de potenciais, de descobertas, onde cada
um de nós descobrirá seu propósito vital em cada fase da nossa existência. E através
de cada experiência ou fase, o que realmente importa é que cada objetivo nos
confira satisfação e coragem para nos levantar pela manhã e lutar por aquilo
que desejamos.
* todas as imagens retiradas da internet
Às vezes também me pergunto: para que e por que estou aqui?
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